Esses dias
me peguei desmotivada, sem rumo. Sabe aqueles “diazinhos” em que tu não tens a
menor vontade de sair da cama, ver pessoas, enfrentar a rotina?
Pois é, chegou mais um dos meus e
aquilo estava me preocupando demais. Se sentir desmotivado, vez ou
outra é normal, ninguém é 100% feliz e satisfeito o tempo inteiro. Entreposto a
minha preocupação surgiu pela recorrência deste “sentimento”. Tinha virado
mensal, depois semanal e antes que se tornasse um problema diário e se
impregnasse na minha rotina, resolvi pesquisar para dar um basta.
Ler “Polliana”
já não estava resolvendo, o ”jogo do contente” não estava fazendo sentido.
Conheço bem
os princípios quadros da depressão e sei que ela começa bem assim, lenta e
silenciosa, quando menos a gente espera, ela se agrava e comumente não exterioriza
um grande motivo; A gente só perde a graça da vida, o tempero.
Li uma
fábula que contava a história de dois irmãos, estes eram crianças de 9 e 10
anos e assim como a maioria dos pequeninos dessa idade, adoravam brincar na rua
e desvendar os mistérios do quintal da sua casa.
“Era uma
estação chuvosa e, por canta das tempestades, sua mãe não lhes permitia brincar
fora de casa. Os pequenos ficavam debruçados na janela, impacientes, aguardando
a chegada do sol. A mãe, que acompanhava a chateação das crianças, deu início a
um simples ritual que lhes marcaria para sempre. Dirigiu-se a calçada de terra
em frente à porta, pegou um graveto e acompanhada dos olhinhos curiosos dos
pequenos, desenhou um sol no chão. Dirigiu-se aos meninos e explicou que a
chuva logo se despediria e o sol viria logo, apressado, pra ver o que ela tinha
desenhado na terra. O que aconteceu? E não é que o danado do sol, poucas horas
depois, resolveu dar o ar da graça, abrilhantando os olhinhos dos irmãos e
concretizando o que mais tarde eles chamariam de ritual do “passa-chuva”, fazendo qualquer tipo de problema ser
extinguido pelo Sol.”
Foi essa
pequena fábula que andou me dando chão. Refleti sobre ela, sorri, me motivei e
lembrei hoje de compartilhar aqui; Todo mundo precisa adoçar a rotina, motivar
a vida.
Em quase todos
os textos motivacionais que eu já li, as mensagens sempre foram muito parecidas:
não se deixar abater, levantar a cabeça, dar a volta por cima. Com essa chuva
toda aqui dentro de mim, nuvenzinhas negras que chegam sem que eu peça, aprendi
a ser mais generosa comigo e não me deixar abater; Comecei a desenhar o sol na
minha vida, pensar nos objetivos, nas bênçãos que recebi, e aí começou a ficar
mais fácil me levar adiante.
O universo
responde o que a gente manda pra ele, se eu mandar luz, ele não vai me
retribuir em escuridão.
Ultimamente,
mal começa a anuviar, e eu já vou em busca do meu Sol. O que eu tô recebendo de
lição? Tem vez que a chuva tenta ser mais dura que eu, teima em me ignorar, mas
eu ganho ela no cansaço e ela vai embora. Eu tô respeitando as aparições dela,
entendi que todos precisamos de algumas tempestades para florescer; Ela também
aprendeu a respeitar a minha necessidade de Sol.
Eu me sinto
tão vitoriosa quando faço luz, na minha vida e na dos que me cercam, que mal consigo
lembrar dos dias tempestuosos, se não para tirar proveito de alguma lição.
" Depois da tempestade vem a bonança"?
E se
a gente fizer calmaria dentro de nós? O Sol pode aparecer antes mesmo de a
chuva cessar. Mostra para o universo que quem manda é você!
