Era uma sexta feira típica pra
mim, sai pra conversar com meia duzia de pessoas que eu iria conhecer naquela
noite. Eu gostava de fazer amizades, mas não tinha pretensão de conhecer alguém
assim, como você. Na verdade, nem te notei ali naquela roda de conversa, e acho
que você também sequer me olhou, mas com o decorrer da noite, parece que o
destino mudou o percurso de tudo aquilo. Sei lá, mas acho que devo te agradecer
por ter prestado um pouco mais de atenção em mim. Talvez pelo efeito das cervejas
que todos já tinham bebido, mas que pelo menos nos deixou mais atentos aos
detalhes a nossa volta. Obrigada também ao destino. Na verdade, não sei se foi
ele que nos uniu, mas o importante é que
agora que eu te conheci e estamos aqui, parados olhando um pro outro, tentando
saber o que passa na cabeça, ou buscando explicação pro que aconteceu, mas
querendo que esse momento seja eterno. Estar perto de você me faz bem, e mesmo
muitos nos condenando, e tendo muitas barreiras que poderiam impedir qualquer
outro casal de ficar junto, nós estamos aqui. Se fortalecendo, ignorando toda e
qualquer condenação, deixando pra lá o que não acrescenta. É que o que eu senti quando você me chamou pela
primeira vez, e o que eu sinto quando chego perto de você, faz qualquer coisa
que impeça esse amor ficar pequena. O sentimento ultrapassa qualquer coisa.
Quer dizer, na verdade, o sentimento nem vê essas “outras coisas”. Ele só
precisa dele pra sobreviver. Ele se alimenta do próprio sentimento, e enquanto
ele estiver forte o suficiente para manter o sorriso no nosso rosto, nada será
empecilho para nós. NÓS!
