Senti saudades, foi inevitável, me acostumei com
sua presença no meu dia a dia, te tinha presente comigo, sempre que precisei
você estava ali. Pois é, estava. Não está mais. Foi difícil me acordar sozinha todos esses dias, mas assim como me
acostumei com sua presença, me acostumei com sua ausência. E as coisas que só
faziam sentido se você estivesse comigo, hoje fazem mais sentido ainda, sem
você aqui. Sai e me diverti como nunca essa noite, cheguei em casa, joguei a
roupa no chão, dormi feito anjo, sem ninguém me acordando 9 horas da manhã,
dormi até as 14 horas. E que prazer. Não tive que arrumar a cama pra dois,
tampouco fazer o café da manhã, na realidade, hoje fiz o almoço, só pra mim.
Tomei banho e fui caminhar por ai, pensando em como estou bem assim, sem
ninguém abraçado comigo na balada, me impedindo de dançar, ou ficando de cara
feia quando um homem passa por mim, mesmo sem me olhar. Me senti desejada.
Mesmo sabendo que nada seria pra sempre, mas você também não foi. Sei que
naquela balada não tinha ninguém como você, na realidade, essa é a intenção,
mas eu também nem estava procurando. Foi bom enquanto durou, tava tudo muito
bem, mas acabou. Chegou ao fim. Ponto final em tudo. Fico com as lembranças,
hora boas, hora más. Não me arrependo. Mas sabe, foi bom você ter ido, foi na
hora certa, porque eu sei, que o que não me pertence, não será meu pra sempre,
e você, não foi, não é e nunca será.
