07 fevereiro 2013

Diga...

Eu sabia que corria risco ao dizer que te amava, sabia que era como se eu tivesse me atirando na beira de um precipício, eram minha únicas certezas. O que me esperava lá em baixo, ou quem me esperava era tudo responsabilidade sua. Só você poderia dizer, a sua resposta podia me salvar dessa queda livre, ou me deixar cair, de cara no chão literalmente. Eu não tive medo porque sabia o que era verdade para mim, mas não sabia de você. Sempre foi um mistério pra mim esse seu olhar de lado, ou meio fechado, esse seu jeito de me olhar sempre me deixou com uma pulga atras da orelha, mas agora já não adiantava me lamentar, já tinha me lançado, lançado as palavras, os segundos seguintes foram os mais agoniantes, eu queria saber o que se passava na sua cabeça também, mas não tive coragem de perguntar, deixei assim que você pensasse e me respondesse a verdade, mesmo que me machucasse, ferisse, eu queria sinceridade. Eu não queria nada forçado, deixei que o silencio dos 3 segundos seguintes me forçasse um turbilhão de pensamentos, mas como sempre, nenhum se fixava em minha mente. E embora eu quisesse que qualquer pensamento aleatório se fixasse para que eu parasse de pensar no que tinha acabado de lhe dizer, não consegui. Eu só ouvia minha própria voz ecoar em minha mente, imaginando se ia ouvir sua voz dizendo o mesmo.

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